Não é um filme sobre futebol, mas sobre uma personalidade que marcou presença de forma indelével neste ambiente futebolístico. Heleno não foi apenas um grande jogador, foi um intelectual, um gênio, um galã, um frequentador habitual da alta sociedade carioca nos anos 40, enchendo com sua contumaz hipocrisia os bailes e piscinas do Copacabana Palace. E Heleno lá. Amando e bebendo todas que seus belos olhos fitavam e, não falta de uma ou outra cheirava perfume que também dava um barato legal.
Mas, tudo tem um preço e Heleno pagou com a sua sanidade mental toda esta orgia extra campo. Amante insaciável foi aos poucos se afastando dos campos e se aproximando perigosamente da “aids” da época, a sífilis. Agressões a mulheres, colegas de clube, treinador e uma transferência indesejada para um grande clube argentino, erros em sequência geométrica marcaram a carreira do craque botafoguense. Heleno era o grande nome do futebol brasileiro e presença certa na seleção de 50, que perdeu a Copa do Mundo no Maracanã, para o Uruguai. Com Heleno não perderia. Mas no meio do caminho havia Flávio Costa, além da sífilis que já lhe corroía parte dos neurônios. O Brasil perdeu a Copa e assistiu em silêncio a perda de um dos seus mais brilhantes atletas.
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