A música baiana que se preza ficou um pouco mais triste nesta manhã de sábado, com o desaparecimento de Vevé Calazans, em uma luta inglória contra o câncer, aos 66 anos. Antes tinha nos deixado Ederaldo Gentil, autor de o Ouro e a madeira e de outros sambas gravados por artistas como Beth Carvalho, João Nogueira, , Originais do samba etc. Quanto a Vevé Calazans também gravado por nomes como Fafá de Belém, Maria Creuza, MPB 4, nos deixa, mas deixa o hino da nossa baianidade nagô, com É d’Oxum, composta com Gerônimo, mais que necessário para se imortalizar no universo de nossa música.
Vi Vevé Calazans pela última vez, o ano passado, nos jardins da Biblioteca Pública dos Barris, no aniversário da instituição, em uma mesa redonda em que também participaram a cantora Marilda Santana, a juíza negra Lucinda Costa, o professor Jorge Portugal, discorrendo sobre quando começou o seu hábito de ler. Vevé ainda aproveitou o momento para entoar alguns versos de É d’Oxum, mas já apresentava sinais de sua debilidade física. Morreu lutando por direitos sobre um jingle feito para a campanha do "velhote inimigo que morreu ontem". “A força que mora n’água/Não faz distinção de cor/E toda cidade é d’Oxum”.
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