Estivemos em Morro do Chapéu o ano passado e a sua paisagem continuava
inalterada em sua beleza, própria da Chapada.
Vegetação, clima, rios, águas nada
prenunciava a radicalidade do que agora encontramos neste deslocamento para
mais um final de semana longe da cidade alegria. Logo após o Porto Feliz, já transitando na Estrada do Feijão recuperada, motivo da
presença do governador do estado, hoje, para a inauguração daquele serviço. Continuando
o percurso iniciado, já no município de Morro
do Chapéu, nos deparamos com a barragem do Angelim, antes da entrada da Ventura,
completamente seca em sua vasta extensão, apagando a beleza contemplada por tantos
que já subiram ou desceram aquele chapadão. Era a manifestação da seca que
assola a região em sua cruel indigência e que o governador não verá de seu
avião oficial.
Mas algo no Morro permanece como o conhecemos há
30 anos. O agradável clima matinal e do final de tarde, decorrência de seus
mais de 1000 metros de altitude acima do nível do mar. A contradição da seca e
do calor em toda a duração do dia, com o ar condicionado central do inicio e do
fim do dia é que estabelece a diferença e o prazer que não se sente em outras
cidades da região. O orgulho morrense é justificado, natural, sem nenhuma falsa
alegria.
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