sexta-feira, 29 de junho de 2012

Bosco & Blanc


Dia 13 de junho, dia de Santo Antonio, foi realizada no Teatro Municipal, do Rio, a entrega do 23º Prêmio da Música Brasileira uma iniciativa louvável da empresa Vale, ex-Vale do Rio Doce. A premiação é feita todos os anos entre vários artistas e músicos brasileiros nas mais diferentes categorias musicais como melhor disco, canção, revelação, grupo instrumental ou instrumentista, arranjador, canção popular enfim, o prêmio é atribuído a mais de 30 personalidades do meio artístico. Como acontece a cada entrega do Prêmio, é escolhido um homenageado com história e serviços prestados a música brasileira a exemplo do mineiro João Bosco este ano e, por conseguinte o seu fiel escudeiro o poeta e letrista Aldir Blanc, responsável por momentos irrepreensíveis da dupla.

A TV Globo gravou a solenidade e, seguindo o comportamento condenável com que sempre tratou a música brasileira exibiu o programa às duas horas da manhã de segunda feira passada. Mas quem conteve o sono e o cansaço de um domingo movimentado foi brindado com a música extraordinária de Bosco e Blanc interpretada por Alcione, Ney Matogrosso, Zeca Pagodinho, Ivete Sangalo entre outros. Por falar na baiana impossível não recorrer a Elis que foi uma das artistas que mais gravou composições da dupla e por esta razão marcou com a sua interpretação canções que acabaram levando a sua marca inconfundível de cantar. Assim, Ivete poderia ter evitado a sua constrangedora interpretação de Corsário, música que traz uma espécie de DNA de Elis e qualquer voz que queira “partir a geleira azul da solidão” irá se deparar com a sombra da “Pimentinha” pairando por estas e outras canções de Bosco e Blanc. Os caras têm um repertório tão amplo e eclético que Ivete poderia ter ancorado seu barco em outro mar, a exemplo de Kid Cavaquinho, alegre e esfuziante como ela.

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