Já fui grevista como vocês. No Colégio da Bahia (Central), no Banco do Estado da Bahia (BANEB) e até no Ginásio de Piritiba, se bem que aqui não foi mesmo uma greve, mas uma suspensão de alguns dias pela direção do Colégio, pela elaboração e divulgação no serviço de alto falante da cidade alegre, de um manifesto contra o nosso professor de Matemática, o caro e competente amigo Sandoval.
Mas, se uma categoria entra em greve, reivindicando aumento salarial e apresenta como histórico profissional o segundo índice de reprovação entre os estados brasileiros e o ensino médio é classificado como o sexto pior desempenho no país, há algo de errado na cobrança e no atendimento destas reivindicações. Não se pode paralisar, ainda que péssima, a educação no estado, buscando recompensas imerecidas em termos salariais, abstraindo-se as condições em que se dá esta má qualidade de ensino. Sabe-se que o professor é apenas uma ponta do iceberg de uma educação deteriorada por tantos e tantos anos. Um meio termo, um equilíbrio entre as partes, na tentativa de salvar ou socorrer este naúfrago que é a educação brasileira, talvez fosse a saída.
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