quinta-feira, 7 de junho de 2012

O que rola no MP3


Gameleira, de Antonio Carlos e Jocafi, que nos anos 70 produziam sucessos, com a ajuda das novelas da Globo ou de algum produtor amigo encastelado por lá, que não aliviava na procura de um personagem para a música dos caras. Descobri esta canção, emocionado, dos baianos fregueses das paradas de sucesso. Gameleira, não teve sorte ou azar de pastar pelas trilhas sonoras globais, mas ficou no meu inconsciente pelo refrão que dizia “As moças da Gameleira/fugiram pro Julião/as moças do “seminaro"/fugiram pro Taboão”, que evidentemente não era mais as moças que um dia foram, pois fugiram.

Quem viveu Salvador nos anos 60 sabe do que estou falando. Eu que cheguei bem depois da farra, quando as moças já haviam fugido para o Taboão, mas as remanescentes (que não desistem nunca) me mostraram o caminho das pedras. E foram. O “seminaro” vem do Liceu de Artes e Ofícios, depois que uma parte foi transformada em Cine Liceu e, que funcionava em uma área que aos poucos foi recebendo uma clientela, como direi, incômoda, para uma instituição católica que ocupava todo um quarteirão. Isto é a história do “baixo meretrício” (por que baixo?) da cidade como percebi ao chegar, chegando.

Ah sim, também estou ouvindo o novo disco de Tulipa Ruiz, Tudo tanto, ou a gravação de Simone “Prá não dizer que não falei de flores” que a maluquice provocada de Vandré proibiu a execução. Quanta coisa esta Comissão da Verdade terá que apurar, prá ser de fato verdadeira. Aumento também o volume para Eternas Ondas de e, com Zé Ramalho.

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