A morte prematura de Amy Winehouse, em julho do ano passado ainda é sentida e lamentada por
seus admiradores que viu em seu desaparecimento o fim da mais poderosa e
brilhante voz do século XXI. Carreira
e sucesso repentinos pelos seus dois discos lançados, em especial o Back to Black, a cantora britânica, Amy Winehouse, viveu pouco, mas o
suficiente para despertar sentimentos quase opostos como amor e pena. Amava-se
a artista de timbre diferenciado, agudo, afinado em contraponto a uma vida de
bebedeira, porres destruidores, quedas, hematomas e doses cada vez mais intensas de drogas que lhe
levariam para sempre.
Como sempre acontece no show business, a sua
gravadora foi buscar com seus produtores, em seus arquivos, gravações não utilizadas em seus dois
únicos discos para lançar o seu primeiro disco póstumo, Liones: Hidden
Treasures.
Pode parecer oportunismo, não deixa de ser, mas também satisfaz sua legião de
seguidores ainda hoje perplexa com a sua morte. São gravações que não passaram
pelo seu crivo de qualidade, para figurar em registro definitivo de sua
carreira, mas nem por isso desprovidas de interesse, como as regravações de canções
dos anos 60, como My day will come
ou Will you still love me tomorrow
que aparecem renovadas em sua voz, além de A
song for you já gravada por Ray
Charles ou Whitney Huston.
Curiosidade
mesmo, para nós, é a sua versão de The
gril from Ipanema (Tom e Vinicius), que mesmo em arranjo próprio ao seu
estilo, é dançante, alegre e super-ritmada. É um disco póstumo, lançado em
condições conhecida do mercado, mas faz jus a beleza de sua voz, que se por
vezes não está à altura de sua breve carreira, seus produtores trataram de
aproximá-la com a ajuda de “rappers” que fazem dueto com a cantora,
complementando o material disponível. É sim, o terceiro disco de Amy, ainda que lançado sem a sua
presença entre nós, no inicio deste ano.
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