O prefeito e candidato à reeleição em Aporá– Bahia, na região nordeste do
estado, foi flagrado em um vídeo, supostamente em atitude de compra de votos no
povoado de Itamira. Até aí tudo bem,
já que o mundo animal e mineral sabem como agem os candidatos em busca de um
segundo mandato e seu espírito altruísta em defesa do voto do povo e de seus
laços, seus contratos, suas amarras com o poder executivo. A diferença no caso
do prefeito de Aporá é a sua, como
dizer, cara de pau, ao justificar como um filósofo da beira do caís, “que a eleição
é como uma feijoada, em que o voto é o feijão e o tempero é o dinheiro, muito
dinheiro, pois o que dá gosto a feijoada é o tempero”. Ouve-se no vídeo a
intervenção jocosa de alguns participantes do convescote gastrônomico,
provavelmente a serviço do chefe de cozinha, sugerindo que o tempero também
pode ser o mocotó, o rabo de porco, o lombinho numa demonstração que se o
negócio falhar não será por falta de apetite, já que na hora de comer a fome é
o limite, ou não. Ou pelo subserviente prazer de dar palpite onde não foi
chamado.
É prudente que uns e outros que estão
embarcando na busca de votos com a mesma voracidade eleitoral, utilizando
outras vertentes filosóficas, já que desprovidos de pendores culinários, a começarem
por suas panelas de barro, suas barbas, seus belos olhos em estado de alerta,
pois podem estar sendo flagrado em atitudes semelhantes, o que poderá desandar
o serviço, terminando por exalar odores de feijão queimado. Ou como se diz no
mundo do crime: sujou!
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