Como era de se esperar a campanha eleitoral em Salvador, à proporção que se aproxima
de seu término, apresenta, com certa nitidez, um quadro de polarização entre o
candidato do DEM(o) e do PT. E nesta disputa entre os dois
candidatos os seus marqueteiros estão desenterrando fatos ocorridos há 07, 05
anos atrás para reavivar a memória do eleitorado e logicamente atirar pedras e
farpas no alvo político de seu interesse. Vale lembrar que quem iniciou a
exibição destes filmes que buscam o comprometimento do candidato com o atual mandatário
municipal, João Henrique, que um dia
ajudou a eleger e, que hoje viras às costas como quem vê um cão sarnento, foi o
candidato do PMDB, Mário Kertész. Obviamente, que a vítima
da cruel lembrança é o candidato ACM
Neto, o Grampinho, que afirmou
em vários momentos do horário eleitoral gratuito, “disse não ao PT, mas digo sim a João” e, hoje não quer
arcar com as consequências do gesto, dizendo que não disse o que disse.
Durma-se com um barulho desses!
Mas, o pior ainda estava por vir e é era previsível.
Incensado por percentuais generosos alcançados nos últimos levantamentos dos
institutos de opinião, o candidato Nelson
Pelegrino do PT foi buscar um
filme 2005 do candidato Grampinho na
tribuna da Câmara de Deputados. Em
um desses momentos de doçura e ternura tão próprias de seu avô (de triste
memória) de quem herdou a lhaneza e a candura ameaçou o presidente Lula com uma surra, que daria
juntamente com o lutador de jiu-jitsu e nas horas vagas, à época, senador do PSDB, Arthur Virgílio, derrotado nas eleições de 2010, quando tentava a
reeleição. Isto repetido hoje em horário eleitoral, com certa insistência,
causa um desconforto, mesmo vergonha e arrependimento do destempero que não há
remendo que Grampinho procure para
consertar o estrago. O que a divulgação do filme pode render em dividendos
eleitorais é uma outra história, mas que incomoda, não deixa dúvidas que sim.
Segundo as pesquisas divulgadas, os números
hoje indicam que haverá segundo turno em Salvador
o que modifica o quadro até então apresentado de uma vitória carlista ainda no
primeiro turno, que Deus não há de permitir. É a volta do cipó de aroeira!
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