Nesta época eleitoral não há como fugir do
clima de disputa que contamina qualquer cidade do estado, em qualquer estado.
Imaginar um final de semana sem carro de som, carreata, comícios, foguetes é
algo improvável e sem sucesso de busca. Sair da cidade alegre em direção a Morro do Chapéu, por exemplo, pensando
em um retiro sem política ou políticos nem os mais puros dos ingênuos acreditaria.
E por aqui onde as duas facções com chances de ganhar o pleito já chegaram às
vias de fato na via pública é apenas um sinal do que ainda pode ocorrer. E o
núcleo da questão é a mal falada reeleição em que um candidato arrogantemente
tem a sua disposição uma azeitada máquina administrativa e seus recursos
utilizados na mais completa ilegalidade e, do outro lado as doações de partidários,
correligionários e abnegados que em geral utilizam e fazem milagres com estes recursos
mais que limitados. Daí a agressividade dos que tem tudo em contraponto aos que
regram, dosam, alocam com parcimônia o pouco disponível.
Aí só a criatividade pode fazer a multiplicação
dos pães, distribuindo de modo inteligente os diminutos recursos à mão, esclarecendo
e denunciando o crime da compra do voto, do saco de cimento, de telhas, de
pinturas de fechadas de casa, tetos de banheiros como compensação eleitoreira.
A Justiça Eleitoral sabe da existência
do delito e candidaturas e mandatos já foram cassados em sua consequência, mas
a denúncia em si não é suficiente para a configuração do crime, existe a
necessidade de provas, de fatos comprobatórios. Olho vivo, não deixe que os
impuros comprem o seu direito de escolher.
Nenhum comentário:
Postar um comentário