A semana passada assisti no canal Globo News um programa de entrevista em
que o jornalista Rodrigo Faour falava
de seu livro “Dolores Duran - A noite e
as canções de uma mulher fascinante”, que por sinal já foi tema de uma
postagem aqui neste mesmo lugar. Deste modo, o que me chamou atenção no
programa não foi a abordagem em si sobre a figura, de fato, fascinante de Dolores, mas o seu final. Antes de
subirem os créditos do programa sinalizando o seu término, a imagem e o áudio traziam
a presença luminosa do Rei e do Tom Jobim ao piano, em parceria na
interpretação de Estrada do sol,
canção de Dolores Duran e Tom Jobim.
A cena apenas serviu como confirmação do grande
interprete que é o Rei, cuja voz sempre
estive e está a serviço de suas próprias canções, algumas de gosto mais que
duvidoso, pela temática e musicalidade abolerada, pela cafonice, pelo
romantismo babaca de grande parte de seu repertório. Um interprete que está
acima das canções, exceto em momentos raros em que ele se aventurou, para nosso
deleite, pelo repertório de outros compositores como o próprio Tom, que teve sua Lígia sublimada em um dos muitos especiais de final do ano do Rei em que o maestro soberano
participou como convidado. Lembro de Cartola que
por várias vezes demonstrou a expectativa de viver a alegria de que o Rei pusesse a sua voz em As rosas não falam, o que nunca
aconteceu.
Vídeo: Youtube
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