Toda esta moçada da pesada (acima ou próxima dos 80 quilos) que hoje está com 60 anos ou mais sabe o peso e o preço do Rei em nossas vidas de adolescentes. As canções do Rei naquele momento era a libertação de um tipo de música que éramos obrigados a ouvir e que em nada nos dizia respeito. Por exemplo, qual o significado que poderia ter para um jovem de 15 ou 17 anos, algo como “boemia, aqui me tens de regresso”; que regresso cara-pálida, se para nos a festa e a farra estavam apenas começando. A volta (“estou guardando o que há de bom em mim”) da boemia viemos a experimentar muitos anos depois, mas sem queixa, sem amargura, sem violão já que nosso som vinha das guitarras elétricas ou do violão eletrificado da Jovem Guarda.
Somos agradecidos ao Rei pelo grito de independência musical através de canções como Quero que tudo vá pro inferno, Negro Gato, A história do homem mau, Querem acabar comigo, Lobo mau, Namoradinha de um amigo meu, Nossa canção, As curvas da estrada de Santos, Eu sou terrível, É proibido fumar, Parei na contramão, Ciúme de você e mais muito mais. Os 72 anos de agora, parecem distante, muito longe, muito além de quando tudo começou, mas permanecem com a mesma pegada, a mesma batida, a mesma guitarra base, em nossos corações juvenis (jamais senis).
Foto: Discos do Rei
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