quinta-feira, 11 de abril de 2013

Rio, Bahia e o vazio.

Exercitei, progressivamente, o meu interesse e a minha condição de torcedor do Flamengo ouvindo a Rádio Globo do Rio e seus locutores Waldir Amaral, Mário Vianna, Ruy Porto, João Saldanha, Deny Menezes e demais radialistas naquela que era, talvez ainda seja, a emissora mais ouvida e referência do futebol carioca. O campeonato terminava sempre com os quatro grandes, ate que o Bangu, em 1966, mudou o rumo da taça de campeão, levando-a para Moça Bonita, estádio do Bangu Atlético Clube. Mesmo com os quatro grandes como potenciais campeões do campeonato carioca, chegar até lá não era tarefa das mais fáceis, já que tinham pela frente o Campo Grande, Bonsucesso, São Cristovão, Olaria, América e até o Canto do Rio de Niterói.

Hoje, para acompanhar o Campeonato do Rio sem levar susto é preciso ouvir com certa antecipação à própria Rádio Globo ou os jornais da cidade para saber que Audax, Quixmã, Macaé, Volta Redonda, Boa Vista, Resende fazem parte da tabela de disputa, sob o pretexto de estadualizar o campeonato, que era estritamente carioca. Fenômeno que também atingiu o campeonato baiano onde Ypiranga, Galícia, Leôncio, Guarani, São Cristovão foram substituídos por clubes interioranos também com a mesma política de interiorizar uma disputa que se prendia á capital, com exceção do Fluminense de Feira de Santana.

Esta expansão dos campeonatos parece que não trouxe o público interiorano aos estádios, como era de se esperar, basta ver por aqui quando a TV Esporte Clube Bahia transmite jogos dessas equipes interioranas entre si, os estádios vazios que pode se contar nos dedos os espectadores presentes. A imagem melhora um pouco quando se está em disputa uma das grandes equipes das capitais, no mais os estádios vazios refletem que mudança não foi bem assimilada, mesmo levando-se em conta as transmissões pelas TVs abertas ou não.

Foto: Estádio vazio

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