Tá tudo dominado pela marginalidade, enquanto as autoridades fingem fazer algo que nem mesmo elas sabem o quê. “E o poder da autoridade/se pode não faz questão/se faz questão não consegue/enfrentar o tubarão. Gente estúpida/Gente hipócrita”.
Leio as opiniões de um membro da corporação policial aqui da cidade alegre, cuja lucidez e engajamento social no combate às drogas por vezes são turvadas pela indignação e revolta com as sucessivas baixas verificadas no seu contingente policial, que atua como defensor da sociedade e sofre as mesmas conseqüências do abandono e da insegurança que cerca a população. A questão não é meramente policial, mas a crise chegou a uma intensidade tal que se assemelha uma guerra civil surda, porque não declarada, e de um desarranjo social que só a força bruta pode num primeiro momento conter a ousadia e a liberdade judicial dos propagadores do crime.
Temo pelos nossos e pelos que irão nos visitar em eventos próximos, a exemplo da Copa das Confederações, em junho/13; do Rock in Rio, em setembro/13, cujos 450 mil ingressos para os sete dias de festa foram vendidos em pouco mais de 04 horas, sendo mais da metade adquirida por espectadores de fora daqui, além da Jornada Mundial da Juventude em julho/13. Mas, aí então, será armada uma operação de guerra para montar a farsa da “paz dos cemitérios” como foi na ECO-92, na Reunião das Nações Unidas-Rio + 20 e no Pan-Americano de 2007. Depois então, tudo voltará a ser como dantes no quartel de Abrantes. “Gente estúpida/Gente hipócrita”.
Foto: Policiais baianos.
Foto: Policiais baianos.
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