sexta-feira, 5 de abril de 2013

Insegurança Nacional!

O casal de turistas americanos assaltado no Rio, cuja jovem além de perder seus pertences foi estuprada é apenas um dado do circo dos horrores que invade toda e qualquer grande cidade brasileira. Nesta mesma linha de insegurança geral, melhor sorte teve o grupo de turistas alemães que no passeio ao Corcovado foi também assaltado, mas sem danos físicos, apenas materiais. A estas ações juntam-se outras que já são parte do receituário cotidiano, além de outras mais que vão se incorporando ao dia a dia, como explosões de caixas eletrônicos nos próprios bancos ou em estabelecimentos comerciais, assaltos, saidinha bancária, invasões de domicílios residenciais, seqüestros de agentes bancários, de empresários ou de seus filhos, corrupção policial, roubos de veículos em rol alucinante de crimes que se espalha por todo o território nacional sem qualquer controle, como uma epidemia de dengue.

Tá tudo dominado pela marginalidade, enquanto as autoridades fingem fazer algo que nem mesmo elas sabem o quê. “E o poder da autoridade/se pode não faz questão/se faz questão não consegue/enfrentar o tubarão. Gente estúpida/Gente hipócrita”.

Leio as opiniões de um membro da corporação policial aqui da cidade alegre, cuja lucidez e engajamento social no combate às drogas por vezes são turvadas pela indignação e revolta com as sucessivas baixas verificadas no seu contingente policial, que atua como defensor da sociedade e sofre as mesmas conseqüências do abandono e da insegurança que cerca a população. A questão não é meramente policial, mas a crise chegou a uma intensidade tal que se assemelha uma guerra civil surda, porque não declarada, e de um desarranjo social que só a força bruta pode num primeiro momento conter a ousadia e a liberdade judicial dos propagadores do crime.

Temo pelos nossos e pelos que irão nos visitar em eventos próximos, a exemplo da Copa das Confederações, em junho/13; do Rock in Rio, em setembro/13, cujos 450 mil ingressos para os sete dias de festa foram vendidos em pouco mais de 04 horas, sendo mais da metade adquirida por espectadores de fora daqui, além da Jornada Mundial da Juventude em julho/13. Mas, aí então, será armada uma operação de guerra para montar a farsa da “paz dos cemitérios” como foi na ECO-92, na Reunião das Nações Unidas-Rio + 20 e no Pan-Americano de 2007. Depois então, tudo voltará a ser como dantes no quartel de Abrantes. “Gente estúpida/Gente hipócrita”.

Foto: Policiais baianos.

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