domingo, 21 de abril de 2013

Ouvirudum...

As tentavivas de fazer alguem cantar o Hino Nacional, em geral, terminam em gargalhadas por parte de quem assiste; ou por não saber as estrofes, ou embaralhar os versos, ou pronunciar de  foma ininteligível expressões como brado retumbante, impávido colosso, lábaro estrelado, florão da América. Que, aqui prá nós, é uma tremenda patetice, uma brasileirada, não de quem sente difiuldade em cantar, pronunciar, ou entender esta peça que já faz parte do anedotário nacional, mas de quem foi capaz de produzir este emaranhado de falso eruditismo.

Mas até mesmo os que sabem sua letra, sua intricada poética, de cima abaixo, de ponta-cabeça talvez não identifique o sujeito da oração em “Ouviram do Ipiranga as margens plácidas/De um povo heroico o brado retumbante”, por exemplo. O que ou quem “ouviram” o quê? Alguem ouviu. Eles ouviram. Quem? Permanece a pertinente dúvida se não atentarmos para a inversão do sujeito e do verbo como recurso sintático utilizado em grande parte do Hino e presente no seu inicio. Se invertermos a frase, com o siujeito antecedendo o verbo tudo ficará mais claro, mais compreensível, como deveria ser. Em resumo, foram as “margens plácidas” que ouviram do “povo heroico o brado retumbante”. Ninguem merece!.

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