Mais uma noite insone depois de longas noites bem dormidas sob o frio do Morro neste final de semana. Por aqui, a falta de sono sempre me leva à sintonia do programa de Beto Brito na Rádio Globo, de meia noite às 03 horas da manhã, que nem sempre acompanho até o fim, pois no meio do percurso sou derrubado pelo sono que chega de repente. Mas, mesmo que ele não viesse, esta noite, teria sido recompensada pela voz de Nat King Cole cantando Smile de Charles Chaplin, composta para a cena final de Tempos Modernos.
As lembranças de Chaplin, de Smile, de Nat King Cole e do eterno Tempos Modernos já seriam suficientes para não lamentar a perda de alguns minutos ou horas de sono. O filme é uma dentre as muitas obras primas de Charles Chaplin, trazendo desta vez referências críticas ao capitalismo e ao sistema de produção industrial, mas tratado de modo irônico, inocente, em cenas precisas no humor, no tempo do riso, na comoção, na capacidade de emocionar, rir e chorar que só a genialidade de Chaplin é capaz.
A cena final em que a canção Smile é incluída é destes momentos cinematográficos que nunca se esquece. O vagabundo vai por uma estrada com sua companheira e a câmara vai se afastando, enquanto os dois seguem sem olhar para trás até se tornarem um ponto na tela negra, ao som da inesquecível canção. É um filme antológico como toda a obra do genial cineasta Charles Chaplin.
Foto: Chaplin - Cena de Tempos Modernos
Nenhum comentário:
Postar um comentário