Desde o gesto autoritário e fascista do Rei ao pedir e conseguir na Justiça a apreensão do livro Roberto Carlos em detalhes, do
jornalista Paulo Cézar Araujo, em
todas as livrarias do país, que ele embora vencido não se entregou. A sua
editora lutou em todas as frentes judiciais na tentativa da liberação dos
mesmos, enquanto o Paulo Cézar começou
a se dedicar a outra tarefa, narrar esta luta inglória contra o seu ídolo, o Rei, nas barras dos tribunais, em O réu e o Rei. Agora, sem a
desagradável expectativa de ter o seu trabalho impedido de circular, já que
esta é uma experiência sua e não, dos “detalhes tão pequenos de nós dois” que
pelo viés antidemocrático do impedimento e da censura é, em verdade, minúsculo.
O jornalista em 2009, já estava com o livro pronto,
mas ainda não editado e bem antes da polêmica com as biografias autorizadas
desencadeada pelo grupo de artistas reunidos no Procure saber, o ano passado. Apesar da sua decepção com o seu
ídolo, o Paulo Cézar não deu um
chute nos discos do Rei, como seria
compreensível imaginar, nem tampouco alimentou qualquer sentimento de raiva
contra o censor, afinal fã é fã.
Mas, que o jornalista não se engane, as garras
do Rei continuam afiadas, conforme
recomendação passada aos seus advogados para que lessem e entregassem a ele um
parecer sobre a obra. Que Rei é
esse, hem!
Foto: Livro do Paulo Cézar Araújo
Foto: Livro do Paulo Cézar Araújo
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