Mais uma demonstração de racismo nos campos de
futebol, desta vez por parte de uma torcedora do Grêmio contra o goleiro Aranha,
do Santos na partida que estes
clubes disputaram, nesta quinta feira, pela Copa do Brasil. Foi mais um triste gesto desta arrogância branca
que nos envergonha dentro e fora dos estádios, mostrando que a convivência
social entre esportistas é ainda uma miragem, cujo alcance só será possível com
a quebra de barreiras preconceituosas que parecem intransponíveis. Mas, não
são. O silêncio e a omissão sim são comportamentos que em nada contribuem para
dizimar esta chaga social, mas aí está o Ministério
Público, o estatauto do torcedor, a delegacia de policia, a Lei Afonso Arinos, a imprensa, o que estiver
ao alcance como meio de intimidar e coibir estas práticas desumanas.
O aparato tecnológico que a maioria dos
estádios já conta, deve estar sempre disponível para a identificação do
agressor, cujo banimento dos estádios talvez fosse a pena merecida, quando não uma
retratação pública ao agredido. As imagens do estádio do Grêmio, em Porto Alegre,
mostra com clareza através da leitura labial a torcedora pronunciando a palavra
“macaco”, em direção ao atleta santista.
Do mesmo modo que os “inocentes” esbarrões de
atletas, até o momento corintianos (tinha que ser), contra árbitros, derrubando-os
como se fosse algo acidental, o afã do lance, do jogo e que não são como demonstram
as imagens que flagraram os jogadores Petros
e Guerreiro em jogos recentes
pelo Campeonato Brasileiro, agredindo
os juizes daquelas partidas. Na última partida é visivel a concordância do
técnico Mano Menezes com a atitude
de seu atleta, aplaudindo a agressão de Guerreiro
ao juiz. Aliás, estes treinadores gaúchos são didáticos nos maus exemplos de
antipatia, deselegância, grosseria, falta de educação. Outra praga do futebol
brasileiro.
Foto: Aranha (Santos)
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