Em suas andanças pelo país, o mestre paraibano, Ariano Suassuna, quedava seu corpo cansado onde estivesse, tanto fazia rente a uma cerca de uma
fazenda, como o saguão de um aeroporto, tudo era lugar para o seu merecido
descanso. Antes do inicio da Copa do mundo, enquanto esperava o seu voo
atrasado no aeroporto de Brasília, e sentindo o desconforto das cadeiras com
braço da sala de espera, ali mesmo estirou seus quase dois metros de
comprimento, vestido com roupas brancas e com a cabeça sob uma maleta tipo 007
deitou e dormiu.
Um guarda, sem noção, o acordou avisando que não era permitido
aquela situação no saguão de embarque, idêntica observação foi feita pelo
serviço de alto falante do aeroporto, sem sucesso já que nada tiraria o
conforto do mestre Suassuna, nem a policia como foi insinuado. “Deve ser mesmo
estranho, um velho de 87 anos estirado no chão, mas não estou atentando contra o
pudor, nem fazendo gesto obsceno, então chame a policia”. Não foi preciso.
Um jovem que também esperava o seu momento de embarque,
reconheceu o autor do Auto da Compadecida,
flagrou a cena em seu celular e postou no Instagram.
A foto se espalhou entre a imprensa, blogueiros e internautas em mais de
200 mil visualizações em poucas horas, para desespero da família que o esperava
em Recife. Surpreso com a
repercussão do fato da foto e sem nenhuma ideia do mudo virtual, restou a
constatação: “Fico besta como uma bobagem dessas tomou tamanho. Ninguém tem
mais o que fazer”.
Foto: Ariano Suassuna
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