A credibilidade do jornalismo da TV Globo tem sofrido abalos nos últimos
tempos, cujos índices decrescentes de sua audiência confirmam o descrédito,
quando não o deboche, com que é tratado o que ali se propaga, em que pese a
qualidade de seus papagaios, quer dizer jornalistas, e da embalagem sedutora e
de inconteste beleza plástica dos bagulhos que vendem. Bonitinha, mas
ordinária.
Mas, vez por outra, até para o espanto do mundo
mineral, parece acordar dos escandalozinhos de cabaré, das fofocas e futricas
da “cloaca veja”, das acusações aos desafetos e resolve fazer jornalismo,
desses investigativos, que buscam a fonte ao invés de fazer ilações, deduções e
distorções e sem o uso do futuro do pretérito. Para surpresa de todos aqueles
que veem e pensam de modo crítico o jornalismo global, nesta segunda feira o
carro chefe de seu noticiário, o Jornal Nacional,
levou para a sua bancada, em uma entrevista de 15 minutos, o dândi de Minas, o candidato da mídia corporativista
e golpista, o Senador Aécio Neves,
do PSDB.
A sabatina ao tucano foi onde deveria ir, ao
fundo de todas as questões nebulosas que envolvem a sua figura política, seu
comportamento mundano, para dizer o mínimo do que se diz, enfim não ficou pedra
sobre pedra. Sua atuação foi aquela esperada; frases feitas, clichês de
comprometimento social, economês de Míriam Leitão, modernidade de bares do Leblon,
quando não a indefinição, a falta de clareza, o espanto, como se dissesse, “mas
o que é isso, eu sou um de vocês!”. Ah, bom!
Sou pela alternância do poder, exceto em São Paulo, que aquilo lá não se toca
desde as capitanias hereditárias, desde os bandeirantes, mas entregar o país a um
candidato como aquele é uma aventura que não merecemos, ou talvez os
“politizados do feicebuque” achem que sim; vocês decidam aí, que eu tô cansado.
Foto: Ilustrativa
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