quinta-feira, 7 de agosto de 2014

O menino mimado de Minas.

A revista PIAUÍ a cada mês faz um perfil de determinada personalidade da política, música ou literatura em reportagens extensas, como já foi própria do bom jornalismo, em que o jornalista acompanha o perfilado por vários meses em contanto próximo ou distante com as pessoas que fazem parte de seu mundo. No mês de junho a figura enfocada foi a do ex-governador de Minas e Senador, Aécio Neves, candidato a presidência da república pelo PSDB e que teve em seu encalço durante 04 messes a jornalista Malu Delgado na elaboração de seu perfil para a PIAUÍ

Ali são mostrados aspectos engrandecedores do candidato, sua juventude, seus amigos, Ronaldo Fenômeno, Luciano Huck, sua família, seu avô Tancredo Neves, de quem foi seu secretário particular, enfim confetes e serpentinas num carnaval de “oba, oba, oba” a que todos nós temos direito. Mas, não isso só, já quem ninguém é tão santo, nem também tão demônio e, aspectos nebulosos da vida política e particular do senador são trazidos às claras, embora eles já pudessem estar escancarados a luz do dia não tivesse a grande imprensa o escolhido como o seu candidato às próximas eleições.

Vídeos na internet mostram em cenas nada republicanas, um senador trôpego pela noite nos bares do Leblon, lavado e levado pelos seus amigos para locais mais seguros e menos próximos de flashes de jornalistas sensacionalistas, como se seus patrões fossem publicar. O que o ex-governador tentou, sem sucesso, impedir que estas indiscrições sociais continuassem sendo veiculadas por aquela mídia, como ele faz autoritariamente com a imprensa mineira e o seu judiciário que dizem amém ao seu “sinhozinho”, numa espécie de “acemizim” mineiro. Não conseguiu. A questão das drogas é outra pedra em seu sapato italiano que deverá ser banalizada, e que não devia, na campanha eleitoral, embora ele acuse seus inimigos de proferirem estas calúnias a seu respeito, na tentativa de desestabilizá-lo. Ah, bom!

Na reportagem da PIAUI também há espaço para o mistério de uma verba de R$4,3 bilhões de reais, supostamente destinada à saúde, em seu governo de Minas e, que sumiu dos registros oficiais, embora conste de sua propaganda institucional, não se conhece um só registro de onde se deu o investimento de monumental quantia. 

Enfim o menino mimado de Minas deixa o silêncio de seu estado, à custa de cabeças de jornalistas que rolaram por não se submeterem aos seus caprichos e vaidades, para enfrentar o tiroteio da planície, mesmo com o telhado de vidro que a grande imprensa tenta lhe cobrir. Mesmo que os aviões de Claudio, no aeroporto construído em terras de seu tio, com dinheiro público, de seu estado, tenham, momentaneamente, interrompido o fluxo de aterrissagem e decolagem. Mas, há algo no ar de Minas, aliás sempre houve.

Foto: Aécio Neves

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