A pretexto dos 70 anos de Chico Buarque, a Folha
estampou na primeira página da Ilustrada
uma matéria em que compara a sua produção atual com a dos anos de sucesso em
que quase foi uma unanimidade nacional e, descamba para uma linha de hostilidade
a sua pessoa encontrada nas redes sociais. Xingamentos, deméritos, preconceitos
que teriam sido dirigidos ao autor de Apesar
de você, me causou estranheza, mesmo que não frequente o Facebook ou o Twitter com regularidade de tantos, nunca encontrei qualquer dessas
referências desairosas ao grande artista.
Deve ter sido falta de assunto ou a busca
de uma linha condutora para seu texto previamente concebido como de constatação a
estas acusações dirigidas a Chico.
Nos números seguintes da Folha li na
seção de cartas dos leitores, vários deles afirmando que também nunca viram nas
redes socias qualquer grosseria ao compositor e que só o jornalista delirante
viu.
Já com relação a Erasmo li, se não insultos pelo menos brincadeiras decorrentes do
fato de ser um velho roqueiro, cara de mau, que ele próprio leu nas redes
sociais e serviu de mote para composições de seu novo disco Gigante gentil, título de um rock que faz
alusão a estas malediciências. "Mas quando dizem que o gigante é um morto-vivo/Perdido como um bicho sem carona no dilúvio/Me assusto com o olho podre que vê ele assim/Detonam o gigante e o estilhaço pega em mim". A composição abre o disco com guitarras raivosas e estridentes que parecem uma dura resposta aos
seus detratores, mas não, o “amigo do Rei”
simplesmente devolve as insinuações com o verso “mesmo hostil qualquer gigante
pode ser gentil”.
Foto: Erasmo
Foto: Erasmo
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