Perdi meu pai aos 09 anos e, assim, as lembranças
que guardo suas não são tantas, até mesmo em razão de suas atividades
comerciais em que grande parte do seu tempo estava em viagens para Senhor do Bonfim e Juazeiro, em nosso estado. Uma dessas lembranças remete ao cachorro
de balaio (não sei de onde vem esta expressão) que criávamos, presente da queirda
professora Eulina Macedo, que do
número 13 da Praça Getúlio Vargas onde moravámos, ele
pressentia a aproximação de Pedro meu
Pai, assim que ele apontava ao lado da Igreja
Católica, após o seu desembarque no Trem
da Leste. A distância ia de uma extremidade a outra da Praça e ele corria ao seu encontro, fazendo festa aos seus pés até
que meu Pai pisasse o batente de
nossa casa, ao lado do sobrado de Joaquim
Sampaio Neto.
Lamento pela breve convivência que tivemos e,
mais ainda pela ausência que minhas filhas tiveram ao não desfrutarem do
carinho de avós, sejam paternos ou maternos, exceto D. Lourdes Kuhn, cuja longevidade parece desafiar os anos, para
nossa alegria e permanente festa. Aos pais nossa homengem em forma de canção,
através de compositores que revereciaram a figura paterna (e materna), através
de diferentes vieses, mas sempre como refrência a quem nos serviu de farol, de caminho,
de amizade. Bença pai! Bença mãe!
A Lista – Oswaldo Montenegro
Nobreza – Paulinho da Viola
Como nossos pais – Elis
Cuidado com a outra – Chico Buarque
Pai e mãe – Gilberto Gil
Genipapo absoluto – Caetano
Amar como Jesus amou – Fernanda Takai
Mãe da manhã – Gal Costa
Papai me empresta o carro
– Rita Lee
Pai – Fábio Junior
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