sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Pro dia nascer feliz

Na semana que passou subimos mais alguns degraus, se não na vida, pelo menos na moradia, passamos do 3º para o 7º andar do nosso mesmo prédio, por uma questão de segurança e bem estar e, pudemos mais uma vez vivenciar o que é ter este estranho desejo de posse e acumúlo de quinquilharias, trastes e tralhas como parte de nossas vidas. 

Foram LPs demais, hoje são bem poucos, já que muitos se perderam desde a última mudança; muitos CDs, DVDs, boa parte adquiridos no mercado informal, que serão expurgados até a minha próxima volta prá casa; livros demais que farei o possível para preservar, mesmo que o único lugar que lhes restem seja embaixo da cama. Uma riqueza fugidia, como toda, assim como são as heranças de banqueiros, empresários da comunicação, estelionatários, corruptos em geral, mesmo que nada nos una, nos identifique.

As canções que se foram com os discos perdidos ficarão indeléveis em minha memória, até que o Alzheimer chegue passando o rodo, levando-as de mim para nunca mais, como tudo:
Quanta – Gil e Milton Nascimento
Senhorinha – Mônica Salmaso
13 de Maio – Caetano
Ali, sim Alice – Thaís Gulin
2 perdidos – Filipe Catto
Tudo se transformou – Zizi Possi
Escadas da Penha – João Bosco
Pode se animar – Bruna Karam
Alexia – Skank
Como dizia o mestre – Fernanda Takai

Foto: Bruna Karam

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