quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Xepa de feira

A eliminação melancólica de nossa seleção de futebol na Copa do Mundo realizada aqui, a estrutura amadora, naquilo que o amadorismo tem de pior, de nossos clubes em que alguns apresentam estado pré-falimentar, com dívidas trabalhistas, previdenciárias e fiscais impagáveis, parecem que não são suficientes para colocá-los frente a uma realidade cada vez mais asfixiante.

Quando não são os clubes, são as ervas daninhas dos agentes e empresários de jogadores, pedindo para as suas mercadorias, preços e salários incompatíveis com as qualidades do que é oferecido e, que dirigentes irresponsáveis acabam sucumbindo à tentação de ter em suas equipes jogadores e baladeiros decadentes e em fim de carreira como Ronaldinho Gaúcho, por exemplo. 

Por pouco, o Palmeiras não caiu na teia do irmão e empresário deste jogador, que pedia R$600 mil reais de salários além de vantagens outras que seriam estipuladas em contrato. Anteriormente, mas na mesma linha, o goleiro do Fluminense, que um dia foi o terceiro reserva de nossa seleção, Diego Cavalieri, pedia ao seu clube R$500 mil reais mensais para a renovação de contrato e, que o clube de modo prudente recusou.

Essa gente e seus clubes tem que por os pés no chão, já que a bola anda muito distantes deles, e perceber que para o futebolzinho mambembe que se pratica por aqui, salários de 20 a 40 mil reais estão mais que de bom tamanho. Quanto aos carrões, os apartamentos na Barra da Tijuca, as joias, as roupas de grifes italianas e francesas, basta a compreensão de que foram mimos de um tempo que passou e de um futebol que nunca mais se jogou por aqui, como exemplificam atletas como Zico, Romário, Bebeto, Raí, Leonardo, Cafu e tantos mais. 

Caricatura: Dan

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