Melhor assim, que o filme brasileiro Que horas ela volta? da diretora Ana Muylaert não tenha sido selecionado
pela comissão do Oscar, como
representante nacional, na disputa pela estatueta de melhor filme estrangeiro.
Pois a escolha realimentaria a esperança de conquista tal qual se deu com Central do Brasil, terminando com mais
uma frustração.
Desta vez era certo que o filme húngaro O Filho de Saul não teria concorrente de
peso que lhe fizesse ser preterido na escolha de melhor filme estrangeiro, o
que acabou acontecendo ontem a noite. Mesmo não tendo, ainda, assistido O Filho de Saul, as críticas que tenho
lido confirmam que o bom filme de Ana
Muylaert, que trata das relações entre empregada e patroa, com viés na
desigualdade social e na descriminação contra a nordestina, em papel exemplar
de Regina Casé, não seria páreo para
o filme húngaro.
Mais uma vez o cinema investe na Segunda Guerra Mundial e o extermínio de
judeus pelos nazistas com a comoção que sempre causa a matança indiscriminada
pelos alemães. Há uma ferida aberta na história da humanidade que não cicatriza
e a sua representação na tela tem gerado filmes admiráveis, como a Lista de Schindler, O pianista, Pearl
Harbor, O dia D e tantos mais, que por certo O filho de Saul entrará nesta galeria.
Foto: O filho de Saul
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