segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

O Oscar de melhor filme estrangeiro vai...


Melhor assim, que o filme brasileiro Que horas ela volta? da diretora Ana Muylaert não tenha sido selecionado pela comissão do Oscar, como representante nacional, na disputa pela estatueta de melhor filme estrangeiro. Pois a escolha realimentaria a esperança de conquista tal qual se deu com Central do Brasil, terminando com mais uma frustração.

Desta vez era certo que o filme húngaro O Filho de Saul não teria concorrente de peso que lhe fizesse ser preterido na escolha de melhor filme estrangeiro, o que acabou acontecendo ontem a noite. Mesmo não tendo, ainda, assistido O Filho de Saul, as críticas que tenho lido confirmam que o bom filme de Ana Muylaert, que trata das relações entre empregada e patroa, com viés na desigualdade social e na descriminação contra a nordestina, em papel exemplar de Regina Casé, não seria páreo para o filme húngaro.

Mais uma vez o cinema investe na Segunda Guerra Mundial e o extermínio de judeus pelos nazistas com a comoção que sempre causa a matança indiscriminada pelos alemães. Há uma ferida aberta na história da humanidade que não cicatriza e a sua representação na tela tem gerado filmes admiráveis, como a Lista de Schindler, O pianista, Pearl Harbor, O dia D e tantos mais, que por certo O filho de Saul entrará nesta galeria.

Foto: O filho de Saul

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