Com a proliferação das igrejas evangélicas pelo
país, e seu crescente contingente de fieis, era inevitável que os pastores
evangélicos, ou outros membros do mafuá, não satisfeitos com os dízimos, fossem
descolar alguns trocados, com suas eleições para as Câmaras de Vereadores ou Assembleias
Legislativas pelo Brasil afora.
Assiste-se aqui no estado e em qualquer outro,
a instituição pelos senhores vereadores e sancionados pelo prefeito o difuso,
mal explicado e incompreensível Dia do
Evangélico. Um feriado municipal regiamente obedecido pelos cidadãos e pelas
autoridades públicas, estas de olho nos dividendos eleitorais por gestos tão
nobres, para desespero dos comerciantes que são obrigados a cerrarem suas
portas em reverência aos senhores evangélicos.
Mas, o Dia
do Evangélico não vem sozinho, traz a reboque um espaço público, em geral
praça, que sem mais nem menos, aparece como sinalizada por Praça da Bíblia. Recentemente em Salvador nas intervenções públicas da Prefeitura de Salvador, arrumando a casa, apareceu em frente ao Mercado do Ogunjá, uma placa de
serviços de requalificação do local, denominada, para espanto dos comerciantes
e frequentadores, de Praça da Bíblia.
O curioso é que logo ali tem sido o local onde os ebós são arreados como fruto de algum despacho ou de oferenda
aos orixás. Espera-se que o povo de
santo, não se intimide com o novo batismo do local, até porque todos somos
tementes a Deus e não aos
evangélicos e, continue arreando suas obrigações como de costume.
Foto: Ilustrativa
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