A cervejaria SKIN, através do grupo japonês que adquiriu o seu controle, é um
conglomerado muito poderoso, para não reverter uma possível rejeição local a
sua marca, com a exclusividade negociada com a Prefeitura de Salvador para o Carnaval
deste ano.
Presenciei nos locais da folia por onde andei a
insatisfação do consumidor com a falta de opção, nos circuitos, de outra marca
de cerveja que não aquela exclusiva para o evento. A saída era bares e
lanchonetes nas transversais dos percursos onde não havia a obrigatoriedade da
comercialização dos produtos da SCHIN.
Ou então carregar cooler com as
marcas de sua preferência como sinal de economia, higiene e satisfação pessoal,
fugindo da única oferta disponível.
O confronto entre ambulantes e fiscais da
prefeitura, no circuito Barra – Ondina,
com a intervenção policial, dado o tumulto que se verificou, não atendia apenas
um desejo do pessoal do isopor, mas a satisfação do cliente que exigia deles outra
marca de cerveja, o que presumo, fez com que eles, os ambulantes, viessem
correr este risco de chutar a exclusividade.
Pelo alto custo da festa, o poder público tem
mesmo que buscar na iniciativa privada, patrocínio para montagem do evento, mas
“não altere o samba tanto assim”, como cantou Paulinho da Viola num show excelente na sexta feira de carnaval no Largo do Pelourinho. Dividir com as
cervejarias estas cotas do patrocínio, satisfazendo a todas as cervejarias e a todos
os foliões, pode ser a busca de forma democrática de custear a festa, agradando
a gregos e baianos.
Foto: Ilustrada
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