Tudo que aconteceu
entre aquele 06 de janeiro e o final de abril de 2006 ficou conhecido como o Verão do Padre Pinto. Porque não houve
fato que conseguisse suplantar o carisma daquela figura desafiadora de
instituições do noticiário. Foi ao programa do Jô, beijou Caetano no Festival de Verão, dançou com go go boys na Off Club, recebeu jornalistas pelado, se escondeu em um terreiro na
Fazenda Grande do Retiro e lá quis até se iniciar no
candomblé. Pirou!
Hoje, dizem, Padre Pinto está recluso no convento da
sua ordem, não dá entrevistas e nem comenta o passado. Ficou o gesto vigoroso de quem testou limites
entre os gêneros, ao vestir-se de uma figura feminina em uma poderosa
instituição patriarcal, entre religiões, denunciando a hipocrisia de uma
suposta tolerância religiosa e por fim transitou entre sanidade e loucura,
quando deixou a razão se perder para finalmente ser quem desejava. Toda honra e
toda glória a Padre Pinto, agora e
para sempre.
Fonte: Revista Muito - A Tarde
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