Um dia desses conversava com um amigo sobre a paz religiosa que
havia entre nós, quando as únicas seitas professadas na cidade alegre se limitavam ao protestantismo e a Igreja Católica, além de alguns
batuques de tambor que se ouvia além São
Domingos.
Mas, há uns trinta anos ou mais chegaram os evangélicos com seu
comércio da fé, seu fundamentalismo cristão e nunca mais fomos os mesmos. O que
se transformou aqui pode ser estendido a todo país onde os donos da Bíblia e das palavras de Jesus espalham o seu radicalismo com a
fúria islâmica, avançando sobre os dogmas e símbolos de outras religiões qual
trator desembestado que vai desaguar em alguma delegacia ou nos tribunais de Justiça.
O que se passa em Salvador
com as religiões de cunho afrodescendentes, em especial os terreiros de candomblé, mereceu a visita da subprocuradora-geral
da República, Drª Deborah Duprat,
que em reunião com a Comissão de
Terreiros Tombados da Bahia se discutiu maneiras de estender a todo país um
tratamento uniforme aos casos de intolerância religiosa, mantendo as
investigações sobre esses episódios.
Os terreiros de candomblé e o Coletivo de Entidades Negras estão se
organizando no sentido de levar esses casos de intolerância à Organização das Nações Unidas – ONU.
Foto: Ilustrativa
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