O Canal
Brasil reprisou, ontem, mais uma vez, o documentário Uma noite em 1967 que registra a final do III Festival da Música Brasileira, exibido pela TV Record (não essa, a outra, a
verdadeira). Mesmo com essa exaustiva repetição é sempre prazeroso assistir,
não apenas pela importância do registro, mas pela atualização dos fatos através
de entrevistas recentes com os artistas e protagonistas daquela noite.
Gil conta que um dia entrou
no estúdio onde Nana Caymmi, sua
namorada à época, gravava Bom dia,
uma canção dos dois que também concorreria ao Festival, quando o maestro Rogério
Duprat o arranjador da música lhe apresentou os Mutantes e sugeriu que ele incluísse o grupo em sua apresentação de
Domingo no Parque.
Ele aceitou a ideia, começaram os ensaios com o
mesmo maestro e a participação dos Mutantes
e pelo que se viu foi uma grande sacada e um brilho a mais na luminosa canção
de Gil, uma das mais bonitas do Festival, e de toda música brasileira.
O crítico e pesquisador de música popular, Sérgio Cabral, esteve presente como jurado no Festival e revela em entrevista neste documentário que quando soube que Caetano e Gil usariam grupos de rock na apresentação de suas músicas foi com certa má vontade ouvir a apresentação dos dois.
O crítico e pesquisador de música popular, Sérgio Cabral, esteve presente como jurado no Festival e revela em entrevista neste documentário que quando soube que Caetano e Gil usariam grupos de rock na apresentação de suas músicas foi com certa má vontade ouvir a apresentação dos dois.
Ao término das audições de Alegria,
alegria e Domingo no Parque
estava arrebatado pela beleza e originalidade das canções, lamentando não ter
votado na canção de Gil para
vencedora do Festival, ficando em
segundo lugar, com a vitória de Ponteio,
composição de Edu Lobo e Capinam. A história é uma história.
Foto: Ilustrativa
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