segunda-feira, 2 de outubro de 2017

Uma saída, onde está a saída?


A desenvoltura de militares graduados, nos últimos dias, falando sem qualquer temor punitivo pela corporação, em favor de uma intervenção militar, e a busca semântica para designar o ato sem que ele seja classificado como ditadura, golpe militar, ou um descumprimento constitucional, preocupa. Tanto pelo que cada um deles fala, mas do que se depreende dessas afirmações, sabendo-se de antemão que não fala sozinho, mas que expressa o sentimento de sua tropa nos quartéis ou nas alçadas decisórias das forças armadas.

Vive-se um momento político tão sujo, quanto o mais pervertido dos bordeis. A classe política chegou a um grau de degeneração e degradação nunca imaginado, tal a ousadia com que se achacava e achaca os cofres públicos certos da impunidade, que caberia ao judiciário coibir, mas que ações deste mesmo poder judiciário parecem caminhar numa estranha solidariedade e compadrio. As últimas ações desse judiciário, liberando notórios corruptos, sob as alegações mais que dissimuladas, espanta e desencanta. Não há saída, estamos sós!

Daí, partir para uma intervenção militar, como apregoavam os atabalhoados “coxinhas” e os politizados do facebook nas manifestações que precederam o golpe contra Dilma, em 2016, há uma lacuna, ainda que não seja um abismo, de se procurar uma saída constitucional, por um judiciário que não transpareça cumplicidade com a sordidez dos fatos. Agir sem medo de fazer o país feliz!

Foto: Ilustrativa

Nenhum comentário:

Postar um comentário