A desenvoltura de militares graduados, nos
últimos dias, falando sem qualquer temor punitivo pela corporação, em favor de
uma intervenção militar, e a busca semântica para designar o ato sem que ele
seja classificado como ditadura, golpe militar, ou um descumprimento
constitucional, preocupa. Tanto pelo que cada um deles fala, mas do que se
depreende dessas afirmações, sabendo-se de antemão que não fala sozinho, mas
que expressa o sentimento de sua tropa nos quartéis ou nas alçadas decisórias
das forças armadas.
Vive-se um momento político tão sujo, quanto o
mais pervertido dos bordeis. A classe política chegou a um grau de degeneração
e degradação nunca imaginado, tal a ousadia com que se achacava e achaca os cofres
públicos certos da impunidade, que caberia ao judiciário coibir, mas que ações
deste mesmo poder judiciário parecem caminhar numa estranha solidariedade e compadrio. As últimas ações desse judiciário, liberando notórios
corruptos, sob as alegações mais que dissimuladas, espanta e desencanta. Não há
saída, estamos sós!
Daí, partir para uma intervenção militar, como
apregoavam os atabalhoados “coxinhas” e os politizados do facebook nas manifestações que precederam o golpe contra Dilma, em 2016, há uma lacuna, ainda que não seja um abismo, de se procurar
uma saída constitucional, por um judiciário que não transpareça cumplicidade
com a sordidez dos fatos. Agir sem medo de fazer o país feliz!
Foto: Ilustrativa
Nenhum comentário:
Postar um comentário