Uma das áreas muita visitada e usada para
prática de caminhadas e com grande fluxo de veículos o Dique de Tororó, um dos
muitos cartões postais da cidade, viu a sua beleza se transformar em algo
incômodo. O mau cheiro que ultimamente tem exalado de suas águas é explicado
por biólogos que atestam como proveniente de algas em decomposição por falta de
oxigenação em seu espelho d’água, nesta época do ano.
Pode ser, mas quem observa o local de sua vazante em tempos de cheia, com águas de chuva, já que seu volume não depende de outras fontes, como rios, é um lixão a céu aberto. Garrafas pet, galhos e folhas de árvores, todo tipo de detritos que também podem contribuir para a formação da crosta sobre as águas, espalhando este mau cheiro.
Mas não é só o Dique,
mas as águas do Rio Camurujipe e
outros rios que cortam a cidade, mas se transformaram, tristemente, num grande
esgoto a céu aberto, que infestam locais de grande fluxo, como o canal que
corre, ou se arrasta paralelo à chegada da cidade e, em bairros como Rio Vermelho e Costa Azul, entre avenidas
importantes na movimentação da cidade.
O interessante, mas nem tanto, é que as autoridades que deveriam
responder pela manutenção da cidade, sua limpeza, seu controle ambiental dizem
que os problemas não são de sua competência, em um jogo de empurra conhecido.
Enquanto isso, moradores, comerciantes e os visitantes da cidade vão amargando
este ar irrespirável. Triste Bahia!
Foto: Ilustrativa
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