quinta-feira, 19 de julho de 2012

Bahia, terra da (in)felicidade!


O instituto de pesquisa Proteste, associação de defesa do consumidor, aplicou em várias capitais brasileiras um questionário que avaliou a qualidade de vida destas cidades. Este questionário abordava temas como a educação, habitação, saúde, mobilidade urbana, emprego e segurança, estabelecendo graus de satisfação que iam de boa a ruim e um meio termo como satisfatória. Quem vive em Salvador podia prever que o resultado para a nossa capital não seria nada animador, tem em vista a degradação e decadência experimentadas nestes últimos anos. Mas, nada que pudesse nos entristecer e humilhar tanto como os resultados apresentados entre as capitais avaliadas.

Salvador é apontada, segundo os critérios que balizaram o estudo e de acordo com seus moradores e visitantes, com a pior colocação em mobilidade urbana e habitação e o segundo pior lugar em termos de segurança, saúde e emprego, sendo passada prá trás por Maceió, Natal e João Pessoa, respectivamente. É de se perguntar, onde foi que erramos. Não faltarão culpados, mesmo entre aqueles que hoje se fazem de estilingue, de olho no Palácio Tomé de Souza, esquecendo o “mandonismo” de seus familiares que empurrou para as favelas e barrancos da periferia aqueles que contraditoriamente sempre lhes deram o poder. O abandono, a falta de moradia, educação e saúde era a senha que futuramente se valeria seus descendentes para optar pelo crime, pelo roubo, para o tráfico numa cidade que não crescia, mas inchava com todas as causas e infecções que provocam um inchaço social. Pegar este pobre coitado do João Henrique para atirar pedras e toda a nossa indignação é pouco, é o bode expiatório para problemas que ele não criou nem ajudou a minorar nestes inúteis 08 anos.

O triste desta história, que deve continuar, são as candidaturas postas à disposição do cidadão no próximo pleito municipal, para a escolha de quem lhe dirigirá nos próximos quatro anos, mais um empurrar com a barriga mazelas que só Oxum e suas águas poderão lavar. “Triste Bahia! O quão dessemelhante e Triste Bahia./A ti tocou-e a máquina mercante/Quem emtua larga barra tem entrada” (Gregório de Mattos).

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