O empresário e jornalista Roberto Marinho é uma das controversas figuras da imprensa brasileira. Detentor de um império das comunicações comandando, quando vivo, uma cadeia próspera de televisão, rádio, jornal, editora, gravadora e tudo mais ligado área de entretenimento e informação. Desde a concessão para a criação da Televisão Globo, o Dr. Roberto, como era conhecido, se envolveu em um negócio nebuloso com o grupo americano Time-Life que lhe permitiu o inicio da modernização daquela que viria a ser uma das maiores redes de televisão comercial do mundo. Foi um dos primeiros grupos de comunicação a apoiar a Revolução de 64, colocando a sua rede como capacho dos militares o que causou a sua televisão algumas nódoas. Uma delas foi a omissão ao movimento popular pelas Diretas Já ,bem como a edição do debate entre Collor e Lula na eleição de 89, uma das páginas mais indignas da nossa imprensa, mas em troca recebeu a concessão de vários canais de televisão por todo o país.
Até o momento, este e muitos outros fatos
carecem de detalhes e explicações, até porque seus biógrafos foram e ainda são
seus empregados, como o José Bonifácio
Sobrinho, o Boni e Pedro Bial., cuja credibilidade fica
comprometida pelo o envolvimento emocional e natural com o biografado. Uma
passagem interessante de sua vida é relatada pelo Boni em um texto de seu livro sobre a TV Globo, reproduzido pela revista Piauí. Admirador dos textos de Ferreira
Gullar, Dias Gomes e do ator Mário
Lago, comunistas filiados ao PCB, tendo emprestado uma grana ao Mário para
saldar uma dívida fez um cheque no valor e um bilhete: “Se os comunistas
assumirem o poder, peça para me enforcarem com uma corda de seda, bem fininha”.
Pelo menos não se pode queixar de sua falta de humor e sua indiferença à ideologia
de seus funcionários, sobre os quais costumava dizer: “Nos meus comunistas,
mando eu”.
Charge: Netto
Charge: Netto
Nenhum comentário:
Postar um comentário