Nada representa mais o imperialismo americano, ou a força de seu capitalismo predador, que a indústria do entretenimento, tendo à frente a música e o cinema, mais este que aquela. A entrada em cartaz sexta feira, 27.07, em Salvador, do novo filme do homem morcego Batman: O cavaleiro das Trevas Ressurge significou a ocupação maciça de salas em horários ininterruptos em todos os locais de exibição da cidade. Como estes locais são os shoppings da cidade, todos eles estiveram a disposição do homem e da mulher morcego, Robin e ouros bichos em mais uma mega produção e lançamento da indústria cinematográfica americana. Se somarmos esta invasão animal a outras produções americanas já em cartaz e ocupando outro grande número de salas como O espetacular Homem-Aranha, A Era do gelo 4, Valente, sem falar de outras produções que ainda dão seus últimos suspiros como Chernobyl, Madagascar 3 – Os Procurados fica traçado o perfil e cenário do poder devastador do cinema americano em todo mundo ocidental, quiçá mundial.
Diante deste quadro de dominação alienígena o cinema nacional procura sobreviver com comediazinhas protagonizadas por atores globais e de qualidade mais que duvidosa. Enquanto que as produções fora deste esquemão global vivem de prêmios em festivais, das salas de arte e da ausência destes brutamontes americanos para fazerem jus a um lançamento digno dos grandes diretores talentosos que heroicamente lutam e fazem seus filmes serem vistos e aplaudidos onde conseguem chegar.
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