O zagueiro Odvan teve uma participação brilhante no Vasco no final dos anos 90 e inicio de 2001, ao lado de Mauro Galvão. Odvan era daqueles zagueiros que não perdia a viagem, como se costuma dizer no jargão do futebol, entre a bola e o jogador um dos dois passa os dois não. Ganhou títulos importantes pelo Vasco e entrou para o folclore do futebol pela sua simplicidade e ingenuidade, atributos que os atacantes, seus adversários, nunca confiaram muito, tampouco suas canelas, vítimas constantes das investidas de Odvan.
Certa feita, sendo entrevistado por um repórter, destes que não se dão por satisfeitos com respostas do tipo “estou trabalhando forte para voltar ao melhor da forma física e técnica”, quis saber a origem de seu nome, já que não conhecia nenhum xará seu de nome Odvan. Foi aí que o mistério se desfez e a curiosidade do mundo do futebol foi saciada. Ele contou que quando nasceu um tio que era muito fã de Roberto Carlos sugeriu a sua mãe que colocasse o nome de Odvan, o que foi de agrado geral. Como o repórter, nenhum presente conseguiu estabelecer uma ponte entre o Rei e a palavra Odvan. Alí todos que acompanhavam a entrevista fizeram cara de paisagem por não entender a estranha associação, foi então que ele cantarolou a canção O Divã para espanto e alivio da plateia.
O tio de Odvan era apenas fã do Rei e pouco ou nada conhecedor da motivação daquela canção que acabou dando nome a seu sobrinho. O Divã é uma das canções mais tristes e sombrias do Rei, já que lembra suas sessões de análises, com um psicanalista e, toca de modo poético e por imagens um episódio tabu de sua infância e que ainda hoje parmanece oculto em sua biografia. O Rei perdeu a canela de sua perna direita em um acidente, quando brincava de “pongar e despongar” do trem em movimento. “Estas recordações me matam, por isso eu venho aqui”. Uma coisa Odvan se manteve fiel ao Rei, em sua carreira futebolística, a busca incessante pelas canelas de seus adversários. (Sacanagem. Desculpe Rei!).
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