O estado de Goiás não se notabilizou apenas por ceder parte de seu território para a edificação, ainda hoje discutível, do Distrito Federal, da capital do nosso país, Brasília, mas por apresentar uma pecuária e uma agricultura que é destaque nos índices de produtividade agropecuária nacional. As trapalhadas de seu atual governador, Marcondes Perillo, do bicheiro Carlinhos Cachoeira, do senador que era sem nunca ter sido um exemplo de moralidade pública, com que construiu a sua carreira política, como o Sr. Demóstenes Torres, são coisas nossas, que de tão triviais já foram incorporadas à nossa cota de indignação diária. Assim como são goianos poderiam ser baianos, capixabas, catarinenses, cariocas, maranhenses, já que todos têm suas “Genis” a quem atirar pedras, b(*) e o que mais estiver ao alcance das mãos, podendo ser um esporte popular como um boliche que cheira mal.
Mas, do que o estado de Goiás pode se orgulhar mesmo, ou não, é de sua produção em série de
duplas sertanejas ou de cantores idem. Não que sejam necessariamente de origem
e naturalidade goiana, já que por conta de certas e inexplicáveis atrações
astrais, Capricórnio em conjunção
com Saturno, o movimento das marés,
o corte de cabelo em função das fases da Lua,
os sertanejos tiveram ou têm uma ancestralidade fincada em Goiás. Uma índia velha da tribo dos Txucarramães que foi ama-seca da família, uma tia terceira casada
com a segunda geração de um bandeirante paulista à época das Entradas ou Bandeiras ou por
oportunismo ou picaretagem própria do meio.
Luan
Santana
poderia ter nascido em Irecê – Ba,
mas onde quer que tenha sido, foi arrastado por um imã goiano que lhe deu
régua, compasso e uma conta bancária equivalente aos caixas forte de todas as
agências bancárias de Goiânia. O
cantor Michel Teló poderia ter sido
uma experiência malsucedida do Laboratório de genética da Escola de Veterinária da UNICAMP e desovado em Goiás, quando o motorista por um erro de rota perdeu o sentido do Maranhão. As duplas sertanejas Oceano e Porto Rico, Domyngo e Feryado, Preferido
e Predileto, Galã e Granfino, Faísca e Pega Fogo, Poliglota e Porta Voz,
Industrial e Fazendeiro, Bento e Mamão, Liu e Léo, Bátima e Robson, Faceiro e
Fascinante são, foram ou serão goianos e, por via das dúvidas já pediram
asilo domiciliar no Estado e de lá
espalham seus nomes bizarros e suas desagradáveis vozes
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