sexta-feira, 15 de maio de 2015

Festival da Morte para os Vivos

A nossa dificuldade em lidar com a morte e com os aspectos funerários, de sepultamento etc quem sabe podem ser amenizados com os rituais que precedem a morte, como em países como Gana, na África, em que o “bota fora” é uma verdadeira celebração, no bom sentido de festa e farra.

Recentemente, em Londres o ganês o Joe Pass expôs no Festival da Morte para os Vivos réplica dos esquifes exóticos encomendados por clientes que manifestaram seu desejo de ser enterrados, não naquelas urnas funerárias tradicionais e ameaçadoras, mas sim em caixões de formas as mais inusitadas.

Ali as pessoas são enterradas dentro de cópias de aviões de luxo, carros ultramodernos e até um cacau gigante fabricado para o descanso eterno de um fazendeiro e cacauicultor. Chamava a atenção, como se alguma coisa ali não chamasse, um caixão em forma de guitarra e uma miniatura de um vagão de trem puxado por uma locomotiva. Este trem expressava a fantasia de um senhor que quando criança fez uma viagem e cuja paisagem a partir da janela do vagão ele nunca esqueceu quando em vida e, assim queria partir dentro de um vagão puxado por uma locomotiva. Coitados dos coveiros!

Nem as crianças escaparam das esquisitices, na representação de uma caixão convencional só que rosa choque coberto de purpurina e desenhos infantis. Se a moda pega por aqui, haverá uma corrida enlouquecida por esquifes em forma de trios elétricos, timbales, andor de procissão etc, difícil mesmo será fazer alguém ser sepultado em algo com formato de berimbau.

Foto: Caixão em forma de guitarra

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