sexta-feira, 22 de maio de 2015

Longe dos refletores

Há alguns anos Chico está fora dos palcos em excursões regulares para lançamento de disco ou parte de algum projeto musical. Talvez a sua timidez e seu saco para estas aparições tenham chegados ao limite da exaustão, como quem dissesse não tenho mais nada dizer, o que tinha prá encantar está agora nos discos que foram lançados desde o inicio de carreira. 

Seu tempo partir de então foi dedicado à literatura, com o mesmo brilhantismo, visto as premiações obtidas e sem a exposição de seu canto, sua voz, seus textos musicais aos humores de “coxinhas” ensandecidos nestes tempos de questionamentos ideológicos e de afirmação de ideias fascistas e conservadoras.

A última apresentação de Chico, em Salvador, foi em maio de 2012, no Teatro Castro Alves parte de uma excursão que já havia passado por várias cidades como Porto Alegre, Novo Hamburgo, Curitiba entre outras. Show que, aliás, assistimos em uma das primeiras filas do TCA graças a uma cortesia através de sua secretária, a querida Márcia, em apresentações lotadas em que pese ingressos a partir de R$320,00.

Se longe dos palcos para grandes plateias, Chico tem surpreendido os frequentadores do Bar Semente, na Lapa, Rio, com canjas que ele próprio pede para dar, como aconteceu em fevereiro, quando se levantou e de violão em punho entoou três canções de seu extenso repertório. Este final de semana outra canja voltou a acontecer, desta vez no show de seu amigo Moyseis Marques, sambista e ator carioca que ele foi prestigiar com suas filhas, genros e netos, onde soltou a voz como nos velhos e bons tempos. Volta Chico!

Foto: Chico Buarque

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