Pouco importa se “água choca” que consomem seja
de fabricação nacional ou uma artesanal cerveja alemã ou belga, já que o que conta
mesmo é a exibição de uma gigante tulipa sobre a mesa com seus dois ou três
litros daquele líquido amarelado e espumante, que imaginam chopp ou cerveja.
A Praça de
Alimentação do Center Lapa aos sábados, domingos e feriados é tomada por
uma turba suburbana em volta da torre de uma cerveja, falando alto, gargalhando
em delirantes decibéis, clicando selfies, seus e de amigos, todos irmanados
naquela reunião brega e barulhenta. Mas o quadro não estaria completo sem a
execução de música ao vivo, que veio depois das 18 horas, e a cargo de um dinossauro
remanescente dos anos 70.
Ai então,o velho hippie saudosista de James Taylor, Bob Dylan ou Joan Baez, começou
a desfilar seu repertório modernoso, de Luan
Santana, Lulu Santos e Thiaguinho, atendendo aos pedidos da inquieta
plateia, através de sugestões encaminhadas em bilhetes de guardanapos, ainda
que não se identificasse uma só palavra do que estava sendo cantado. Pouco
importava o que ouvir, apenas a solicitação de outra torre de cerveja ao garçom
atônito a quem atender.
Foto: Ilustrativa
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