sábado, 9 de maio de 2015

Torre de cerveja

Pouco importa se “água choca” que consomem seja de fabricação nacional ou uma artesanal cerveja alemã ou belga, já que o que conta mesmo é a exibição de uma gigante tulipa sobre a mesa com seus dois ou três litros daquele líquido amarelado e espumante, que imaginam chopp ou cerveja.

A Praça de Alimentação do Center Lapa aos sábados, domingos e feriados é tomada por uma turba suburbana em volta da torre de uma cerveja, falando alto, gargalhando em delirantes decibéis, clicando selfies, seus e de amigos, todos irmanados naquela reunião brega e barulhenta. Mas o quadro não estaria completo sem a execução de música ao vivo, que veio depois das 18 horas, e a cargo de um dinossauro remanescente dos anos 70. 

Ai então,o velho hippie saudosista de James Taylor, Bob Dylan ou Joan Baez, começou a desfilar seu repertório modernoso, de Luan Santana, Lulu Santos e Thiaguinho, atendendo aos pedidos da inquieta plateia, através de sugestões encaminhadas em bilhetes de guardanapos, ainda que não se identificasse uma só palavra do que estava sendo cantado. Pouco importava o que ouvir, apenas a solicitação de outra torre de cerveja ao garçom atônito a quem atender.

Foto: Ilustrativa

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