quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

Apagou a luz, vedou a porta e abriu o gás.


Se estivesse entre nós, o piauiense, jornalista, poeta e compositor Torquato Neto teria completado em novembro passado, dia 09, os mesmos 72 anos de seus amigos tropicalistas, Gil e Caetano, ele que também foi parte integrante e atuante do tropicalismo. 

Mas, Torquato preferiu abreviar a sua, aos 28 anos, desiludido com a cena política e cultural do país, após o AI-5. Triste com o exílio dos amigos, a falta de perspectiva ante o escapismo generalizado que tomou conta de parte dos que ficaram por aqui, pareceu não restar mais saída. E como numa canção de Chico e como quem diz: “Chega”, apagou a luz, vedou a porta e abriu o gás.

Torquato Neto deixou canções importais como Louvação, em parceria com Gil e gravação de Elis e do próprio Gil ou Prá dizer adeus, com Edu Lobo assim como Veleiro e as inesquecíveis canções tropicalistas como Marginália II; Ai de mim, Copacabana; Deus vos salve a casa santa; Domingou; Geléia geral, Mamãe coragem, Soy loco por ti América; Lost in the paradise. Grande Torquato!  

Foto: Torquato Neto

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