Se estivesse entre nós, o piauiense, jornalista, poeta e
compositor Torquato Neto teria
completado em novembro passado, dia 09, os mesmos 72 anos de seus amigos
tropicalistas, Gil e Caetano, ele que também foi parte
integrante e atuante do tropicalismo.
Mas, Torquato
preferiu abreviar a sua, aos 28 anos, desiludido com a cena política e cultural
do país, após o AI-5. Triste com o exílio
dos amigos, a falta de perspectiva ante o escapismo generalizado que tomou
conta de parte dos que ficaram por aqui, pareceu não restar mais saída. E como
numa canção de Chico e como quem
diz: “Chega”, apagou a luz, vedou a porta e abriu o gás.
Torquato Neto deixou canções importais como Louvação, em parceria com Gil e gravação de Elis e do próprio Gil ou
Prá dizer adeus, com Edu Lobo assim como Veleiro e as inesquecíveis canções tropicalistas
como Marginália II; Ai de mim,
Copacabana; Deus vos salve a casa santa; Domingou; Geléia geral, Mamãe coragem,
Soy loco por ti América; Lost in the paradise. Grande Torquato!
Foto: Torquato Neto
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