sábado, 17 de dezembro de 2016

Solidariedade à brasileira

Foram compreensíveis certos arroubos solidários no momento em que o país tomado por forte comoção e um sentimento desesperado de condolências, prometesse ajuda as mais variadas á Chapecoense e ao povo de Chapecó. Passado estes primeiros dias de luto e dor, já que a tragédia em si jamais será esquecida, aquelas promessas, algumas delas, foram se dissipando na medida em que os dias foram se passando e a vida seguindo seu curso de desesperança e saudade para familiares e amigos.

Com seu time de futebol praticamente dizimado surgiram diversas campanhas de ajuda na reconstrução da equipe, como aquela em que os clubes brasileiros cederiam jogadores ao time de Chapecó para que montasse uma nova equipe para as disputas locais e nacionais a partir de 2017. 

Mas, em realidade a prática esta sendo outra. Em entrevista à Sportv, o técnico já contratado Wagner Mancini, um bom caráter em meio a tanta pilantragem, revelou, sem nominar, que certos clubes estariam se aproveitando desta “solidariedade” para se desfazer de jogadores que não estão nos planos para as próximas competições, ficando com a Chapecoense, o ônus de seus salários. 

Um presente de grego, conforme se vê. O ditado que diz “o mineiro só é solidário no câncer”, faz crer que para certos clubes brasileiros, nem isso o comove o suficiente para praticar qualquer gesto de solidariedade e grandeza. Triste!

Foto: Chapecoense

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