quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

Um brasileiro!



Nestes tempos sombrios de homens públicos apequenados, quase rastejantes, é preciso sempre lembrar de Dom Paulo Evaristo, que nos deixou rumo à eternidade e a santificação. Um homem íntegro, um religioso devotado aos pobres, aos que sofrem, aos aflitos, entregue ao sacerdócio humanitário e mesmo político quando atuou contra a ditadura militar de 64. 

Uma voz combativa em defesa da condição humana, bradando contra as prisões arbitrárias, as torturas e mortes patrocinadas pelos gorilas que se apoderaram do nosso país.

Era estudante da UFBA, quando da morte do jornalista Vladmir Herzog nas dependências do DOI – CODI subordinado ao II Exército, em São Paulo, 1975, onde o Cardeal Dom Paulo num gesto de ousadia e coragem convocou um ato ecumênico na Catedral da Sé

O ato em memória a Vladimir Herzog não foi somente uma celebração, uma homenagem póstuma ao jornalista “suicidado”, mas também uma manifestação popular contra o regime violento e ilegítimo, desencadeando a partir daquele momento novos gritos de liberdade, que culminou com a campanha das Diretas Já. Viva Dom Paulo Evaristo Arns!  

Foto: Dom Paulo Evaristo Arns

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