Vi Blow-up nos final
dos anos 60 no Cine Bahia, na Avenida Carlos Gomes, onde hoje
funciona uma das tantas igrejas evangélicas que infestam a cidade com seus
pastores e obreiros petulantes e intolerantes. Quem diria que o local que abrigou
o belo e ousado filme do cineasta italiano Michelangelo
Antonioni, seja um refúgio de fieis tresloucados a caminho do inferno imaginando
a salvação.
Mas, o que interessa mesmo é a volta aos cinemas de Blow-up com suas cores, imagens, a Londres inquieta daqueles anos e, um
crime acidentalmente captado por um fotógrafo de moda, o
ator David Hammings, enquanto buscava o ângulo
ideal para a beleza da modelo Veruschka.
A plasticidade do filme nos pega pelas primeiras imagens e mantém, mesmo 50
anos depois, a beleza e transgressão do momento retratado. Vale a pena ver de
novo.
Foto: Ilustrativa
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