quarta-feira, 12 de março de 2014

A Globo dançou junto com a Beija Flor


Quando li que a escola de samba de Nilópolis, a Beija Flor, iria homenagear em seu enredo de 2014 a figura de José Bonifácio Sobrinho, o ex-poderoso Boni, da não menos poderosa TV Globo, pressenti que o puxa-saquismo poderia ser um tiro pela culatra, e foi. Não vi o desfile, mas soube do resultado com a vitória da Unidos da Tijuca e a Beija Flor amargando o 7° lugar na classificação geral, o pior em mais de 20 anos, para quem já estava acostumada com títulos e títulos e, a espalhar luxo e ostentação pela Sapucaí, desde os tempos de Joãozinho Trinta.

A relação do público com a TV Globo sempre pareceu viver do amor e ódio, já que concede a liderança na audiência, mas se mantém crítica com a sua parcialidade, sua postura tendenciosa e na contramão da maioria, como no rumoroso caso da Proconsult, nunca esquecido e, que por pouco não tirou a vitória de Brizola, em sua primeira eleição após voltar do exílio. Aliás o nome de Brizola foi evocado na avenida tão logo o puxador do samba, Neguinho da Beija Flor começou a cantar uma vinheta da programação da TV Globo e, foi a senha para que uma grande vaia ecoasse por toda a Sapucaí

E assim de vaia em vaia a escola atravessou a passarela da samba, tornando-se mais evidente esta vaia, na passagem de um carro alegórico em que trazia proeminentes figuras da programação global. Olha a Beija Flor aí gente, o povo não é bobo!

Foto: A passista e o Boni.

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