Existe uma expressão, “cultura inútil”, que de modo depreciativo pretende abarcar aquele tipo de conhecimento que serve prá pouca coisa, quando não prá nada, ou para preencher quadrinhos de palavras cruzadas, exibir uma erudição de almanaque ou para examinadores azucrinarem os neurônios de candidatos que buscam uma vaga em concursos públicos. Só assim se explicaria saber qual o mar que banha a capital da Malásia, a quantidade de sapatos de Imelda Marcos, a esposa do ditador filipino Ferdinando Marcos ou o número do sapato do Papa Francisco entre outras curiosidades e desimportâncias destes níveis.
O Professor
Pasquele Neto abordou o tema em uma de suas colunas, analisando certas
questões encontradas em provas de concurso público que se aproximam, do ridículo,
da insensatez. O que importa saber em uma prova para vagas de confeiteiro, que
o candidato domine o significado de xipófagos? Ou para Oficial de Justiça que o
candidato saiba o feminino de “peixe-boi” ou a um pretendente a Policial Rodoviário, seja perguntado qual o coletivo de cobras.
São bobagens que em nada acrescentam ao
candidato, bem menos ao cargo que ele pleiteia e que pode ser eliminado por
desconhecer certas "pegadinhas" de nossa língua e que não o fará melhor ou pior
confeiteiro; um mais cioso profissional da Polícia
Rodoviária ou um diligente Oficial da Justiça. Talvez, só o sempre
elevado número de candidatos possam justificar tamanha maldade e má fé, na
busca do possível candidato ideal o que nem sempre acontece. As nossas repartições
são exemplos vivo destes seres que são xipófogos nos bate papo noveleiros,
peixes-boi na pachorrice de seu atendimento ou um covil quando questionado
sobre a má qualidade de seus serviços.
Foto: Ilustrativa
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