quinta-feira, 13 de março de 2014

Recolhendo os cacos do assalto.


Há 15 dias a agencia do Banco do Brasil de Piritiba – Ba veio abaixo após uma explosão praticada por bandidos que a saquearam em uma ação de extrema violência. A inexistência de mortos, feridos e torturas psicológicas entre funcionários e clientes foi algo a comemorar, nada mais, já que não se tem a ingenuidade de imaginar prisões ou quedas no grupo de assaltantes que age escudado na impunidade ou confiante no desmantelo da segurança pública do estado, que ele, o bando, deve desdenhar, não sem razão.

Quinze dias após a ação nesta cidade e mais quatro municípios, de pequeno porte como o nosso, receberam a visita indesejada da quadrilha em ações semelhantes a aqui praticada. Noite alta, cerco ao posto policial, locais de saída da cidade vigiados e explosões, muitas explosões, em alguns casos com o desligamento da energia elétrica da cidade, mas sem noticia de alguma calçola boba catando as migalhas do roubo entre os destroços da agencia, como aqui.

Chama a atenção o deslocamento desta gente por todo o interior do Estado da Bahia com um grupo numeroso de marginais, sempre superior a vinte bandidos, portando armamentos pesados e de uso exclusivo das forças armadas sem que qualquer blitz ou mera abordagem policial consiga deter parte ou todo o grupo. Por muito menos, em dois dias do Carnaval indo e voltando de Guarajuba fomos parados em duas blitz, uma delas bastante demorada, para verificar documentos, veículo, bagageiro, extintor numa atitude que era muito mais de confrontação ou de irritação por estar ali e não na folia, que propriamente a busca de qualquer irregularidade, evidentemente não encontrada. Afinal eles sabem até onde podem ir as suas ações, ao contrário dos bandidos, sabe-se lá porque.

Ontem vi uma camionete recolhendo o que restou da agência do Banco do Brasil: cadeiras quebradas e rasgadas, tiras de alumínio retorcidas, placas de zinco dobradas, paredes de fibra, compensado ou ispor pré-moldadas lascadas ao meio, cenário de uma guerra surda que as autoridades fingem não escutar.

Foto: Ilustrativa

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