Em 2011, o SBT lançou uma novela Amor e Revolução, que pouca gente viu, como já é praxe em se tratando de novela, já que o monopólio deste formato parece estar em outras mãos, mas que levantava um tema interessante, que era o período da ditadura militar e a atuação de grupos de esquerda que se opuseram ao regime militar.Porém o que se sobressaia mesmo era a trilha sonora da novela. Aqui, se concentrava a curiosidade e o interesse pela trama pois trazia músicas bastante representativas do período focado como Prá não dizer que não falei das flores, Cálice, Alegria alegria, Domingo no Parque, Apesar de você, Roda viva, Disparada, Viola enluarada entre outras pérolas da época.
Mas uma canção despertava mesmo o maior
interesse, que era uma versão de uma música francesa, Joseph de George Moustaki,
francês de origem egípcia, recentemente falecido, que Nara Leão fez e gravou numa versão, que depois se tornaria o
primeiro sucesso de Rita Lee, logo
após deixar os Mutantes. A bonita
toada, José, utilizava a figura
bíblica do pai de Jesus para conselho
sobre a criação de seu filho, o Redentor,
a quem deveria ter ensinando o seu oficio de carpinteiro evitando que ele saísse
a propagar estranhas ideias que fariam Maria
chorar. Não há qualquer sentido desrespeitoso com as personagens bíblicas,
visto o tom inocente que a melodia e a cadência da canção imprimem à letra que
traz sugestões como aquela que José
poderia ter casado com Débora ou com
Sara, e nada do que se deu
aconteceria em suas vidas.
Lembrei da canção após assistir uma entrevista
com a jovem cantora e compositora Roberta
Campos no Estúdio Móvel da TV Brasil em que ela confessa também
ter gravado a canção e, da responsabilidade de encarar aquele registro, após José ter sido grande sucesso nas vozes
de Nara Leão e Rita Lee, em gravações talvez definitivas.
Foto (antiga): Rita Lee
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