O golpe
militar de 64 encontrou a cidade mergulhada em sua pasmaceira habitual.
Abstraindo a fogueira com os livros de capas vermelhas da biblioteca do grêmio
ginasiano, tachados de comunistas, sabe Deus
por quem, nada indicava que havia uma revolução em curso.
Mas aí chegou o Capelão de Feira de Santana.
Sob o pretexto de recolher o arsenal contra-revolucionário
espalhado na cidade, nada escapou a fúria paranóica da autoridade, nem sequer
uma prosaica faca enferrujada do Bar Central, do mano Juracy, utilizada para cortar limão e mexer o mel das “caipirinhas”.
Foto: Ilustrativa - Fonte: Histórias de Piritiba (I)
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